O verão
está aí. É o período de temperaturas extremas, que propicia muita diversão ao
ar livre especialmente para as crianças – em férias escolares –, mas que
favorece o surgimento de algumas doenças devido às características próprias da
estação, com calor excessivo e umidade elevada.
Nesta
temporada, a exposição ao sol é mais frequente, assim como o consumo de
alimentos em locais de lazer, a alta concentração de pessoas no mesmo local e
vários outros fatores que aumentam o risco de contato com determinados tipos de
bactérias, fungos e vírus, que se proliferam com mais facilidade.
“Como o
sistema imunológico das crianças ainda está em desenvolvimento, elas acabam
ficando mais suscetíveis às doenças. Por isso, os pais devem tomar alguns
cuidados e ter conhecimento dos sintomas que podem aparecer nos filhos,
principalmente entre dezembro e janeiro“, alerta a gerente médica de Consumer
Care da Bayer, Juliana Machado
A prevenção
deve começar com os horários em que os pequenos ficam expostos às temperaturas elevadas.
Por conta da radiação solar mais intensa, não é recomendado tomar sol entre 10
às 16 horas. “Para proteger a pele das crianças, o uso do protetor solar a cada
duas horas é indispensável”, ressalta a médica.
Além disso,
lavar bem os alimentos antes de oferecê-los às crianças pode evitar doenças
indesejadas, assim como incentivar que elas bebam bastante água durante o dia.
Outra dica é não deixá-las por muito tempo com roupas molhadas ou úmidas
Dengue – A doença é transmitida
pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas são febre alta, dores
no corpo, indisposição e apatia, que podem ser confundidos com os da gripe, por
isso é importante os pais ficarem atentos. A prevenção é feita com o uso de
repelente indicado para crianças e a erradicação dos focos de água parada,
ambiente ideal para a proliferação do mosquito.
Conjuntivite – É uma inflamação na membrana
fina e transparente que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior
das pálpebras. No verão, ela pode ocorrer com mais frequência, já que a
irritação pode ser provocada pelo sol ou pelo contato com substâncias como a
poluição ou o cloro presente em piscinas. Pode também ser causada por vírus ou
bactérias. Para evitar a doença, é indicado sempre lavar as mãos, não coçar os
olhos, usar óculos de natação e evitar abrir os olhos debaixo d’água.
Otite – O canal auditivo
externo, situado entre a orelha e a membrana do tímpano, inflama-se com
facilidade quando submetido a ventos e água, principalmente de piscinas, mas
também de rios e mares, sobretudo em mergulhos de profundidade. Pode ser
causada por fungos ou bactérias e costuma provocar zumbido e dor intensa. O
ideal é evitar que a criança fique exposta por muito tempo à água e usar hastes
flexíveis somente para higienizar a área externa do ouvido, já que a remoção da
cera também pode causar otite.
Desidratação – Caracteriza-se pela perda de
líquidos e sais minerais do corpo. Essa perda pode ser provocada por infecção
intestinal ou pela exposição excessiva ao sol. Uma pessoa desidratada fica com
sede, com a boca e mucosas secas, olhos ressecados e fundos, além de passar
muito tempo sem urinar. Para prevenir a desidratação, o ideal é usar roupas
leves, ingerir constantemente líquidos, não comer alimentos que tenham ficado
muito tempo fora da geladeira e sempre permanecer em lugares arejados e
frescos, longe do sol, para evitar um risco maior que é a insolação.
Diarreia e/ou vômitos – A diarreia tem várias
causas possíveis: vírus, bactérias, parasitas, efeito colateral de
medicamento, geralmente antibiótico ou o consumo de alimentos estragados ou
contaminados. Para evitar a enfermidade, é indicado higienizar as mãos
constantemente, lavar as frutas e verduras que forem consumidas e redobrar o
cuidado com os alimentos ingeridos fora de casa. Quando a criança
está com diarreia acompanhada de vômito, ela deve ser levada ao pediatra o mais
rápido possível.
Doenças de pele (como brotoeja, impetigo e
micoses em geral) – No verão, as crianças estão mais expostas à umidade, seja
porque brincam na água ou apenas porque transpiram mais. O excesso de umidade
favorece o aparecimento das doenças de pele, que são causadas geralmente por
fungos ou bactérias. O ideal é trocar as roupas molhadas por secas, com
preferência por aquelas de tecidos naturais (algodão) e de cores claras, pois
permitem maior ventilação da pele e refletem os raios de luz e o calor.
Ao perceber
qualquer sintoma com mais de 24 horas de duração ou de início repentino, os
pais devem observar a condição geral da criança. Se ela estiver sem energia,
sonolenta e com reações mais lentas, o ideal é procurar serviços médicos. A
orientação para prevenir mal-estares e doenças é sempre estimular a ingestão de
líquidos e uma alimentação equilibrada com frutas e verduras.
Crianças
com dieta inadequada podem carecer de suplementos alimentares, por isso é
indicado sempre consultar o médico pediatra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário